17 fevereiro 2009

Debaixo de Chuva

Dia de sol entre nuvens em Foz do Iguaçu. Molinari tinha me ligado ontem e me disse que pegou chuva forte na estrada. Hoje pela manhã ele ligou outra vez e disse que em Curitiba o tempo estava bom. Ao que tudo indicava, eu não teria o mesmo problema que eles tiveram. Melhor assim, dirigir na chuva não é muito bom. Sei que tem gente por aí que se amarra, mas eu não gosto.

Fui na assistência técnica da Kasinski e a moto já estava pronta. Os caras aproveitaram para lavá-la, removendo todos aqueles bichos que peguei nas estradas argentinas. Estava brilhando.

De volta ao hostel, coloquei toda a bagagem na moto mais uma vez e peguei a estrada. A julgar pela aparência do céu naquele momento eu ia fazer uma viagem em terreno seco. E as coisas continuaram assim até que cheguei em Cascavel-PR, onde parei para abastecer e fazer um lanchinho na loja de conveniências do posto.

O tempo mudou rapidamente e foi só sair do posto para a chuva começar a cair. E tinha um agravante, alguma coisa estava errada com a moto, pois, quando molhava, perdia potência. Acredito que na revisão os mecânicos deixaram alguma vela exposta. Ou então era algum problema com o alarme, sei lá. Era uma coisa que me incomodava, apesar de não me impedir de seguir viagem. Mas a lavagem que tinham feito na moto já era.

A chuva caiu forte e continuou assim durante 70 quilômetros. Quando passou, a moto foi voltando ao normal aos poucos. Logo eu já podia fazer ultrapassagens com segurança novamente.

Em um determinado ponto, ainda com a pista molhada, os motoristas que vinham no sentido oposto começaram a lampejar os faróis dos carros indicando que havia alguma coisa errada onde eles tinham acabado de passar. Reduzi a velocidade e redobrei a atenção na pista. Alguns metros depois descobri o motivo do alarde. Dois automóveis haviam se chocado forte um contra o outro. Vários outros carros estavam parados nos acostamentos de ambos os lados da pista. Aparentemente o acidente tinha recém acontecido. Não deu pra ver se houve vítimas, mas os carros estavam acabados. Perda total nos dois. Em pista molhada há de se reduzir a velocidade e ter mais cuidado que o normal justamente para evitar esse tipo de desastre.

O resto do caminho até Curitiba-PR foi tranquilo. Só aquela chuva que vinha e voltava, afetando a potência da moto, é que me deixava chateado. Uma coisa que me chamou a atenção foi a quantidade de pedágios que encontrei naquela rodovia. O asfalto não era dos melhores, mas tinha um pedágio atrás do outro. E não era dos mais baratos.

No início da noite cheguei à capital paranaense e logo tratei de entrar em contato com Molinari para avisar que eu havia chegado. Ele estava no hotel e me disse para ligar para Eduardo, que tinha saído para jantar. Marcamos de nos encontrar em uma churrascaria onde ele já estava.

Chegando lá, ele me contou que tinha conhecido uma alemã perto do hotel e a convidou para passear por Curitiba. Ao passarem na entrada da tal churrascaria, parou para pedir informações. Foi aí que entrou em cena Nádia Elizabeth, uma pesquisadora gaúcha que estava trabalhando para algum órgão turístico curitibano. Ela convidou os dois para jantar lá mesmo sob a condição de responderem à perquisa dela. Eduardo ficou meio desconfiado, mas acabou aceitando. Quando eu cheguei, me juntei a eles.

A pesquisa tratava-se de como turistas viam Curitiba, o que eles procuravam e quais eram as suas impressões. Foi um bate-papo bastante descontraído e, para mim, um excelente jeito de relaxar depois de mais de 6 horas na estrada.

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