01 fevereiro 2009

Salto Morato

Fomos obrigados a passar o domingo em Curitiba por causa do seguro Carta Verde, obrigatório para quem quer rodar pelo Mercosul com veículo próprio. Descobrimos uma seguradora por lá que só estaria aberta na segunda-feira. Então o que fazer numa cidade que todos nós já conhecíamos? A resposta estava em um jornal que Eduardo lia enquanto eu escrevia este blog: Reserva Natural Salto Morato. Pelo que vimos no jornal, parecia fácil chegar lá. Mesmo assim, procuramos por mais informações na Internet, já que tínhamos esse recurso disponível.



Motos fora da garagem, fomos nos encontrar com Molinari e sua esposa Adenize, que o acompanhava nessa viagem na garupa da moto. Nosso primeiro encontro foi na Av. Batel e, depois de uma pausa para a primeira foto com todos juntos, pegamos a estrada rumo à BR-116 sentido São Paulo até a entrada para a Estrada da Graciosa, um lugar com vários mirantes e rios em meio à Mata Atlântica. É uma estrada que eu recomendo para quem quiser conhecer algo mais além dos tradicionais parques de Curitiba.



De lá, seguimos para Antonina, conforme dizia a nota no jornal, e esperávamos rodar mais 20 km até a reserva. Pura ilusão. Pedimos informação a um morador local e ele disse que estávamos a 70 km de distância. E o pior é que a estrada até lá não era asfaltada, era só terra, pedras e buracos no caminho. A minha Comet GT-R não gosta de estradas sem asfalto, portanto fui obrigado a deixá-la para trás e ir de carona com Eduardo e sua Lander XTZ-250. E olha que eu ainda tentei ir na minha, mas acabamos por procurar uma casa por lá e falamos com o dono. Ele viu que a situação não era das melhores e gentilmente concordou que deixássemos a moto lá.



Foram 70 km de trancos e solavancos em meio à poeira que havia na estrada. Depois de várias horas nós, finalmente, chegamos a uma placa que dizia “Você está a 4 km da entrada da Reserva do Salto Morato – Aberto para visitas das 8h30 às 17h30”. Que horas eram? Bem... 17h25. Tínhamos 5 minutos para chegar lá ou todo aquele esforço teria sido em vão. Aceleramos as motos, mas chegamos lá na hora em que a reserva estava sendo fechada. Uma pena. Conversamos com um dos funcionários na esperança de que ele nos deixasse entrar. Contamos uma história triste de que estávamos vindo do Rio de Janeiro, que rodamos o dia inteiro só pra ver a cachoeira, que o jornal tinha informação errada, que pegamos estrada ruim, nos cansamos à toa. E não é que ele se compadeceu e nos deixou entrar!



O esforço valeu a pena. Chegando lá, seguimos por uma trilha em meio à mata nativa até chegarmos e um aquário natural. Pausa para um mergulho. Depois continuamos seguindo a trilha até que, enfim, encontramos o nosso objetivo final: a cachoeira do Salto Morato e seus 130 metros de queda.




Anoiteceu e tivemos que voltar por aquela estradinha acidentada. E pior, procurando a casa onde tínhamos deixado a minha moto. Passávamos olhando para todas as casas mal iluminadas e que só apareciam a cada tantos metros/quilômetros de distância Numa dessas, Molinari foi olhar para trás na tentativa de identificar uma das casas e acabou derrapando na lama. Tudo aconteceu muito rápido. Num segundo ele e Adenize estavam sobre a moto, no outro estavam no chão. Felizmente não aconteceu nada grave, a não ser o susto e um arranhão no manete esquerdo da moto. É, Molinari, a moto já foi batizada!



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Um comentário:

Marnie Grace disse...

Wow, what a beautiful spot you found! Great waterfall and it looks like you had fun swimming.