18 fevereiro 2009

Nas Curvas da Estrada de Santos

Pois é, estamos seguindo o caminho de volta para o Rio de Janeiro. A idéia é chegar lá até o dia 20 porque Eduardo tem compromisso marcado.

Pela manhã me encontrei com Molinari, Adenize e Eduardo no hotel onde eles estavam no centro de Curitiba-PR. Do mesmo ponto de onde dias atrás saímos para ir a Florianópolis-SC, nos preparávamos para voltar para casa.

Já na estrada, nos divertimos mais uma vez nas curvas da rodovia que ia da capital paranaense até a cidade de Registro-SP, passando pela área de Mata Atlântica do Parque Estadual de Jacupiranga. Foi bom pegar asfalto de boa qualidade depois de tanto tempo nas estradas ruins do nordeste da Argentina e do oeste do Paraná.

A idéia de Molinari era dormir em São Paulo para, no dia seguinte, voltarmos ao Rio. Não me pareceu uma idéia muito boa, pois, assim ia ficar parecendo que as férias terminaram lá em Foz do Iguaçu. Eduardo também não parecia lá muito satisfeito com a idéia.

Aproximadamente na altura de Cajati-SP paramos em um posto para nos reidratarmos e aproveitamos para olhar o mapa e ver quais eram as nossas opções. Molinari sugeriu que parássemos antes da cidade de São Paulo, em uma pequena estância turística chamada Embu das Artes. Parecia ser uma boa opção, mas por que não voltarmos pelo litoral? Molinari replicou dizendo que aumentaria o percurso, já que teríamos que ir até São Paulo para depois fazer o desvio. Voltamos ao mapa e constatamos que ele estava ligeiramente enganado. A poucos quilômetros do lugar onde estávamos, em Miracatu-SP, havia uma rodovia que levava direto para Praia Grande-SP, lugar onde ele e Adenize haviam estado no início destas férias (eles saíram antes, lembram-se?). A nossa idéia era passar a noite em Ilhabela-SP.

Após entrarmos em acordo, voltamos para a estrada e seguimos até Registro-SP, onde paramos para almoçar e onde encontramos um casal de motociclistas e suas Harley-Davidsons, que também estavam voltando da Argentina. Esse é o destino de muitos aventureiros que andam sobre duas rodas aqui no Brasil.

Mais à frente, tomamos o desvio para o litoral através da SP-055. De novo saímos de uma rodovia em pista dupla para pegar uma de mão dupla, cheia de caminhões e de asfalto de baixa qualidade. Para piorar, à medida em que íamos chegando perto de Praia Grande-SP, a quantidade de radares aumentava. Era como uma temporada de caça a veículos rápidos, pois os limites de velocidade caíam drasticamente de 80 km/h para 40 km/h em um intervalo de poucos metros. Tínhamos de estar atentos.

Enfim, chegamos a Praia Grande-SP. Já era início de noite e Molinari e Adenize se sentiam cansados. Acharam melhor ficar por lá mesmo e só no dia seguinte é que iriam para Ilhabela-SP. Eduardo e eu ainda tínhamos fôlego suficiente para chegar até o destino previamente combinado. Já estava pertinho, mas nos informaram que até lá a viagem seria mais lenta por causa da alta quantidade de áreas urbanas no percurso. Resolvemos ir assim mesmo.

Atravessamos a Ponte Pênsil e já estávamos em Santos-SP, onde pedimos informação para chegar até à estrada conhecida como Rio-Santos. Estávamos em uma cidade com uma quantidade impressionante de motociclistas. Um deles se propôs a nos levar até Guarujá-SP, que era para onde ele estava indo e de onde pegaríamos a estrada que buscávamos. A outra opção era irmos por Cubatão-SP, mas o percurso seria mais longo. De Santos para Guarujá pega-se uma barca para atravessar de um lado para o outro. Para a nossa sorte, só precisa pagar a taxa de travessia quem vai no sentido Guarujá-Santos.



Do outro lado estávamos de novo por nossa conta. Achar o início da Rio-Santos não foi difícil daquele ponto, ainda mais que era uma estrada bastante conhecida por lá. Todo mundo soube nos dar informações quando precisamos.

Estávamos em uma estrada cheia de curvas fechadas, trechos sem acostamento, muitos altos e baixos e pista de mão dupla, porém com várias surpresas agradáveis e visuais memoráveis. Vínhamos andando pela estrada em meio às árvores que margeiam o asfalto quando, de repente, depois de muitas curvas e subidas, chegávamos a um ponto no alto de onde se tinha uma visão privilegiada das praias abaixo. Foi realmente uma pena ter pego esse trecho durante a noite. Aposto que de dia o visual é ainda mais bonito. Agora sei porque o rei Roberto Carlos se inspirou tanto a ponto de fazer uma música sobre as curvas dessa estrada.

Quilômetros depois estávamos chegando à cidade de São Sebastião-SP, onde tomamos uma outra barca para chegar a Ilhabela-SP. Desta vez não teve como escapar do pagamento do embarque.



Amanhã vamos sair pra conhecer um pouco desta ilha tão bem falada do litoral paulista.

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Um comentário:

Jacqueline disse...

Epa, eu tbm tenho fotos nessa barca... rsrsrsr